
Um dos técnicos mais vitoriosos do futebol do Tocantins, Roberto Oliveira, com seis títulos estaduais — três pelo Gurupi (2010, 2011 e 2016), além de Araguaína (2006), Palmas (2007) e Interporto (2013) —, e responsável por levar o Gurupi à terceira fase da Copa do Brasil em 2017, estava profundamente abalado com a morte de Paulo Roberto. Para Oliveira, Paulo era o “homem de confiança dentro das quatro linhas”, sempre presente nos clubes em que trabalhou. Paulo Roberto foi encontrado morto em sua residência neste domingo, em Augustinópolis. Luto no Futebol Tocantinense: Morre Paulo Roberto | Alô Esporte (aloesporte.com.br)
“Há dois anos, ele fez uma visita quando eu estava no Tocantinópolis. Pareceu bem, estava com uma escolinha de futebol em sua cidade. Cheguei a organizar um olheiro do Vila Nova para uma peneira lá, mas infelizmente perdemos contato”, disse Roberto Oliveira.
O primeiro encontro aconteceu na sua passagem pelo Gurupi, apresentado pelo então diretor de futebol, Glauber. “Foi o início da nossa caminhada juntos. Todo clube que eu ia, levava Paulo Roberto comigo. Ele era uma pessoa de extrema confiança”, lembra.
Trajetória em Mato Grosso
Em Barra do Garças (MT), Paulo Roberto foi peça-chave na campanha que levou o time ao vice-campeonato do Campeonato Mato-grossense. Segundo Roberto Oliveira, “uma atuação inexplicável do árbitro Wagner Reway acabou prejudicando nosso time na final. Paulo Roberto fazia parte desse elenco que lutou até o último minuto”.
Roberto lembra ainda que, durante o período em que Paulo atuou pelo Tocantinópolis, eles chegaram a se enfrentar em campo como adversários. “Teve uma época em que ele estava no TEC. Enfrentou desafios, mas além de ser um grande jogador, era guerreiro e cobrava os atletas. Eu confiava plenamente nele. Uma pessoa honesta e séria, que não admitia brincadeiras durante o trabalho. Meu capitão em todos os clubes em que esteve, sempre puxando a fila e motivando os companheiros. Fomos campeões juntos diversas vezes”, afirmou.
História marcante
“Um episódio marcante foi quando levei Paulo Roberto para Barra do Garças. Magrelo, mas incansável nos 90 minutos, jogava sempre com intensidade. Em uma ou duas partidas não rendeu como esperado, e o diretor chegou a me dizer: ‘Mande embora esse jogador que não joga nada’. Respondi: ‘Se quiser, fique à vontade. Eu o conheço bem, não faria isso’.
Na sequência do Mato-grossense, ele se destacou. Perdemos para o Cuiabá, mas o mesmo diretor nos chamou na sede, pediu desculpas na presença do Paulo e parabenizou sua postura dentro e fora de campo. Foi um momento maravilhoso”, recorda.
Homenagem final
Roberto Oliveira finaliza emocionado: “Que Deus receba Paulo Roberto em sua eterna glória e que sua alma descanse em paz. Uma notícia chocante e terrível, mas seu legado e lembranças permanecerão eternos no futebol do Tocantins e na memória de todos que tiveram o privilégio de trabalhar com ele.”
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