Globoesporte.com faz um raio-x da final da Taça Rio

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O chavão que diz que clássico não tem favorito é inevitável para a decisão da Taça Rio, entre Botafogo e Fluminense. O GLOBOESPORTE.COM comparou os jogadores dos dois finalistas, posição por posição, e o resultado foi… empate. O Tricolor levou a melhor quatro vezes, o Alvinegro foi superior em outras quatro, e ainda houve quatro igualdades. 


Confira abaixo a comparação (o primeiro jogador é sempre do Botafogo) e a análise tática dos dois times em cada setor.


Goleiro
Castillo:
A baixa estatura é um problema nas jogadas aéreas. Tem ótima elasticidade e personalidade, e não se abate quando falha.
Fernando Henrique: Está em boa fase. Mostra bom reflexo em chutes à queima-roupa, mas ainda falha em chutes de longa distância e na saída do gol.
Quem leva vantagem: empate



Lateral-direito
Alessandro:
É incansável na marcação, mas deixa espaços quando ataca. Vive boa fase e, como elemento surpresa, vem fazendo gols.
Gabriel: Melhorou em relação ao início do ano. Apóia bem o ataque e é habilidoso, mas ainda deixa a desejar na marcação.
Quem leva vantagem:
Alessandro
 


Zagueiro central
Renato Silva:
Sabe sair jogando, mas não passa confiança à torcida. Tem deficiência no jogo aéreo e muitas vezes peca no posicionamento.
Thiago Silva: Perfeito nas antecipações, também é rápido, tem bom passe e faz gols de cabeça. Não é alto, o que não chega a ser um problema.
Quem leva vantagem: Thiago Silva



Quarto zagueiro
André Luís:
Tem boa colocação, sabe se antecipar e é um trunfo nas bolas altas. Pode ter dificuldades por ser um jogador mais lento.
Luiz Alberto: Complementa bem a defesa, com força física e presença nas bolas áreas. Porém, às vezes abandona o jogador que estava marcando.
Quem leva vantagem: Luiz Alberto



Lateral-esquerdo
Triguinho:
Marca bem e fecha espaços na zaga, mas precisa ser mais eficiente no apoio ao ataque e melhorar nos cruzamentos.
Junior Cesar: Jogador de menos destaque, tem sido fundamental. Com ótimo preparo físico, ataca e recompõe a defesa, mas peca nos cruzamentos.
Quem leva vantagem: Junior Cesar



Análise tática da defesa
Botafogo:
O esquema 3-4-3, com Triguinho  como terceiro zagueiro que sai para o jogo, ganhou força este ano, sobretudo no jogo aéreo, com Ferreiro ou Andre Luís. Apesar de os volantes marcarem bem e saberem sair jogando, o lado direito é o mais vulnerável, já que a cobertura de Renato Silva é irregular. Ofensivo, o time sofre com contra-ataques.
Fluminense: O miolo de zaga, com Thiago Silva e Luiz Alberto, é muito seguro. Junior Cesar recompõe a defesa com eficiência, mas Gabriel nem sempre volta a tempo. No banco, Roger é sempre ótima opção para zaga e lateral esquerda. Para a direita, Rafael não agrada, e Carlinhos, forte nos cruzamentos, somente agora volta à melhor forma.
 
Primeiro volante
Túlio:
Ótimo marcador, sai jogando bem e é um líder em campo, só que a instabilidade emocional pode atrapalhar seu desempenho.
Ygor: Bom na bola aérea. Vinha evoluindo com atuações seguras, mas falhou contra o Arsenal e viu a desconfiança da torcida crescer de novo.
Quem leva vantagem: Túlio


Segundo volante
Diguinho:
É o motor do meio-campo alvinegro. Às vezes exagera na vontade, mas tem facilidade para marcar e chegar ao ataque.
Arouca: Não está no melhor de sua forma técnica. Sabe defender e atacar, mas não vem fazendo nenhum dos dois com o brilhantismo que se espera.
Quem leva vantagem: Diguinho


Meia
Lucio Flavio:
Maestro da equipe, tem ótima visão de jogo e toque de bola, mas ainda não mostrou ser um jogador decisivo.
Conca: É o motorzinho do time. Raçudo, não desiste das bolas. Tem ótimo passe e chuta bem, mas vem falhando nas conclusões.
Quem leva vantagem: empate


Meia
Zé Carlos:
Tem errado muitos passes, principalmente nos contra-ataques, mas é voluntarioso, cruza bem e tem um bom chute.
Thiago Neves: Ao lado de Thiago Silva, é o craque tricolor. É mortal nos chutes de longe e nas faltas, mas tem oscilado nos últimos jogos.
Quem leva vantagem: Thiago Neves


Análise tática do meio-campo
Botafogo:
Protege bem a zaga com Túlio e Diguinho, que ainda chegam à frente. Lucio Flavio, apesar da forma mais cadenciada de atuar, é o cérebro alvinegro, distribuindo as jogadas. Voluntarioso na marcação, Zé Carlos deu consistência ao setor, e, com a volta de Leandro Guerreiro, Cuca tem uma opção para fechar o meio-campo.   F
Fluminense: A proteção à zaga talvez seja o maior problema do Flu. Ygor não é constante, e Arouca não tem mostrado a mesma pegada. Já a parte ofensiva, com Conca e Thiago Neves, é o ponto alto tricolor, garantindo a qualidade nos passes e chutes. Maurício é a opção como volante. David quebra galho na armação, mas é volante de origem.



Atacante
Jorge Henrique:
Exagera nas tentativas de cavar faltas. Rápido e habilidoso, se desloca bastante e prende sempre um defensor adversário.
Cícero: É o mais polivalente do Flu. Tem bom passe, marca bem e cabeceia como um centroavante. Mas ainda lhe falta cacoete de atacante.
Quem leva vantagem: Jorge Henrique



Centroavante
Wellington Paulista:
Artilheiro do estadual, é um atacante que não joga apenas na área. Tem bom poder de conclusão e vive grande fase.
Washington: Um perigo dentro da área. Cabeceia bem, chuta com os dois pés e faz ótimo pivô. Porém, as dores no tornozelo ainda o atormentam.
Quem leva vantagem: empate


Análise tática do ataque
Botafogo: O time não tem um jogador fixo de área, mas conta com Wellington Paulista em grande fase, fazendo gols em jogos decisivos. Jorge Henrique alterna posições, dificultando a marcação, enquanto as triangulações ou jogadas ensaiadas têm Zé Carlos, Túlio, Diguinho e Alessandro chegando de trás para concluir. Fábio é a única opção no banco, e o jogo aéreo é deficiente.
Fluminense: Leandro Amaral e Dodô fazem falta. Cícero joga improvisado, mas recua demais. Com isso, Washington muitas vezes fica isolado. Como Junior Cesar cruza mal, e Gabriel em geral afunila pelo meio, o centroavante conta com passes dos apoiadores para manter boa média de gols. O habilidoso Tartá e o oportunista Alan, ambos de Xerém, são as opções no banco.


Técnicos
Cuca:
Peca por improvisos desnecessários, mas seu time pratica um futebol solidário, ofensivo e que valoriza o toque de bola.
Renato Gaúcho: Tem o time nas mãos e insere uma mentalidade vencedora nos jogadores, mas às vezes quer aparecer mais do que eles. Falta experiência.
Quem leva vantagem: empate


 


(Fonte: Globoesporte.com)