Equilíbrio marca primeiro confronto de basquete em cadeira de rodas entre Reviver e Agab na Capital

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Disputa entre Projeto Reviver x Agab - evento histórico no Tocantins - Fotos: Marcus Mesquita
Disputa entre Projeto Reviver x Agab - evento histórico no Tocantins - Fotos: Marcus Mesquita
Disputa entre Projeto Reviver x Agab – evento histórico no Tocantins – Fotos: Marcus Mesquita

Nem os mais otimistas imaginariam tamanho equilíbrio na partida disputada entre as equipes de basquete em cadeira de rodas do projeto Reviver, que tem apenas cinco meses de experiência, e da Associação Gurupiense dos Amigos do Basquetebol (Agab), que existe há 18 anos. O jogo, o primeiro da história do time Reviver, aconteceu neste sábado, 13, na quadra do Centro Esportivo Militar do Corpo de Bombeiros (Cemil), localizado no Lago Sul, em Palmas, e terminou com o placar de 10 a 9 a favor dos visitantes.

Cestinha da partida com seis pontos, a jogadora da Agab Cida Araújo não escondeu o quanto se surpreendeu com a dificuldade que o time encontrou em quadra, mas comemorou o resultado positivo. “Foi muito bom ter este jogo. A gente estava treinando há muito tempo e queria voltar logo a jogar. Fiquei ainda mais feliz por ter sido a cestinha; eu gosto de tentar a cesta o tempo todo e consegui ajudar na vitória. O Reviver está de parabéns; foi um jogo difícil e isto nos surpreendeu um pouco. Tomara que eles sigam treinando, porque eles já são muito bons mesmo com pouco tempo de basquete”, destacou a ala.

Ala-pivô do Reviver, Cláudio Novaes saiu da partida entusiasmado com o comportamento da equipe em quadra e acredita ser possível se fomentar a vinda de novos atletas para o projeto. “A partida foi super-proveitosa; a apresentação de hoje mostrou que os treinos, realmente, estão se efetivando e foram mostrados em quadra, porque todos se comportaram muito bem no confronto contra um time muito mais experiente, terminando apenas com um ponto atrás no placar. Estamos no caminho certo; agora é nos dedicarmos ainda mais aos treinamentos até mesmo para fomentarmos a modalidade dentro da cidade, porque, quanto mais a gente fizer isto, mais pessoas tomarem conhecimento da equipe, mais praticantes podem surgir e fortalecer o nosso esporte”, afirmou o atleta.

 

Semeando esporte

Coordenadora do projeto Reviver, Soraia Tomaz era só alegria após o fim da partida e diz já sonhar com um campeonato da modalidade no estado. “O jogo foi incrível. Os meninos da Agab já têm excelência em quadra e nós nos reagimos muito bem contra eles. A partida foi um aprendizado para a gente, pois pudemos ver uma equipe de tão alto nível jogando e aprendemos coisas novas com ela. Mas, reforço que o time Reviver está de parabéns; todos os atletas participaram e a nossa esperança é que hoje a gente tenha plantado uma boa sementinha para que o basquete em cadeira de rodas cresça e se fortaleça dentro do estado para, quem sabe, a gente consiga realizar um campeonato da modalidade em um futuro não tão distante”, vislumbrou a educadora física.

 

Para a presidente da Agab, Larissa Azevedo Costa, a vitória no confronto não foi o que mais a alegrou, mas, sim, notar que a Agab ganhou um forte parceiro na promoção do esporte para pessoas com deficiência no Tocantins. “O placar do jogo foi o menos importante que vimos aqui. O desafio mais importante é aquele contra eles mesmos e, dentro disto, todos já são vencedores a partir do momento que decidiram se tornar atletas, superar as dificuldades físicas que têm e virar espelho para tanta gente. É isto que a Agab vem ajudando a fazer, há alguns anos, e o que o Reviver começou muito bem a fazer também. Eu acredito que não falta amor no mundo, falta quem ame. E projetos assim são realizados por pessoas dispostas a amar. Por isto, os resultados aparecem tão rápido e é muito importante que ações assim possam seguir ativas por muito tempo; e nós procuramos fazer isto acontecer. Apoiar tudo isto é fundamental, porque eles são modelos para que outras pessoas com deficiência sintam o valor do esporte na vida deles e procurem alguma atividade, seja o basquete ou outra que preferirem”, exaltou Índia, que é ex-alteta de basquete em pé. [Especial para o Alôesporte/Ascom Total / Fotos: Marcus Mesquita]