Conheça a trajetória do pequeno grande homem Ademar Costa um dos principais nomes da crônica esportiva do Tocantins

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Jair Cardoso (E), Malandrinho, Rupert Nickerson, Ademar Costa e Paulinho de Anápolis – Fotos: Arquivo Pessoal

Conheça a trajetória do pequeno grande homem Ademar Costa um dos principais nomes da crônica esportiva do Tocantins

Conheça a trajetória do pequeno grande homem Ademar Costa um dos principais nomes da crônica esportiva do Tocantins. Natural de Ceres (GO), embora tenha sido registrado em Carmo do Rio Verde (GO), Ademar Costa, nome escolhido pelo pai Franklin Camelo, (já falecido), que na época era fã de Ademar de Barros, governador de São Paulo, dando a origem do nome Ademar.

Vamos trazer a trajetória de um dos principais nomes da crônica esportiva tocantinense e goiana. “Primeiro, gostaria de parabenizar você pelo trabalho que vem fazendo. Será um prazer, fazer parte dessa série de reportagem no site Alô Esporte”, agradeceu.

Trajetória

Ademar Costa destaca que mesmo tendo o nome de um político famoso, nunca quis se candidatar a nada, embora esse fosse o desejo do seu pai. Na batida do dia a dia, o pequeno grande homem, foi locutor de várias campanhas a prefeito, duas vezes em Xinguara (PA), Morrinhos e Bela Vista e Porangatu, todas no Estado de Goiás.

“Porém, vivi quase toda minha infância em Mozarlândia, interior de  Goiás, onde fui professor primário”, relembra com carinho desta época.  Ademar conta que desde criança, sempre foi apaixonado por esporte, em especial o futebol.

Horlan Tavares (E), Ademar Costa, Edimar Rodrigues e Gilmar Santos

Sonho e histórias

Mas o sonho de ser jogador de futebol não o ajudava muito, afinal, com apenas 1,53 de estatura não iria incomodar os “zagueiros” do time adversário. Foi quando encaminhou a carreira pelo rumo certo começou a imitar alguns narradores esportivos na beira dos campos. “Um dia peguei todos os dados de uma partida amistosa, em Mozarlândia, entre o time local e uma equipe da cidade vizinha Rubiataba (GO). O jogo foi no período da tarde, porém à noite, fui até o principal bar da cidade de Mozarlândia, que funcionava também como a rodoviária local”, relata Ademar dizendo que lá tinha um serviço de alto falante colocado em um poste bem alto, para transmitir os avisos para quase toda cidade.

Segundo ele, o dono do bar, chamado Osório, que por sinal, também jogava no time, pediu para ele entrar no estúdio, e que narrasse o jogo, como se estivesse aí vivo. “Eu topei e o povo da cidade foi todo em massa para o bar ouvir aquela narração, principalmente porque o time de Mozarlândia havia vencido por 3 x 2. Já pensou, você narrar uma partida toda, só com dados na mão e sozinho?”, comemorou o pequeno grande homem.

Ademar Costa disse que não titubeou e fez sozinho. Quando terminou recebeu tanto dinheiro e elogio que nunca esperava em sua vida. E ele continua relatando que foi quando apareceu, o Sílvio, um apaixonado por futebol e disse a ele: “O que você ainda está fazendo aqui?. Eu dava aula no primário, minha família já estava em Goiânia. O Sílvio me disse não que te ver aqui mais, se manda para Goiânia, vai tentar sua sorte lá, você é muito bom”, destacou Ademar, agradecido pelo incentivo do amigo e não demorou muito para deixar  a querida Mozarlândia e ir em busca do seu sonho em uma cidade grande, Goiânia.

Ademar Costa um dos principais nomes da crônica esportiva do Tocantins e de Goiás – Divulgação

Brasil Central

Em janeiro de 1970 foi até a Rádio Brasil Central, lá conseguiu entrar sem salário, para trabalhar na equipe de esporte, com a ajuda do Gonçalves Lima, plantão da equipe Escrete de Ouro. Ademar disse que o começo foi como um garoto de recado, tipo, busca uma água na geladeira, busca isso, busca aquilo, vai ali comprar isso. “Ma sabia que estava plantando uma semente para o futuro”, comentou lembrando que o chefe da equipe, era o Jayro Rodrigues.

Depois de três meses, assumiu a responsabilidade de fazer as gravações, com os correspondentes do interior para o programa Parada do Esporte. Com seis meses foi contado e começou a ser setorista, que era fazer cobertura dos clubes. “Comecei fazendo cobertura das notícias da Federação Goiana de Futebol (FGF). Depois, passei a fazer cobertura do Goiânia, em seguida, Atlético, logo depois Vila Nova e Goiás”, explicou. Neste momento somente participava dos programas da rádio, transmissão nem pensar.

Escalado

Certo dia o narrador Ledes Gonçalves chamou o Jayro Rodrigues, chefe e disse, “o Ademar já está preparado pode escalá-lo nos jogos. Dalí em diante, passou a fazer reportagens para os narradores: Ledes Gonçalves, Jota Júnior, Jurandir Santos, José Carlos Rangel, Luciano, Rangel e José Calazans. Barbosa Nunes e Gonçalves Lima eram os plantões.

Depois o Hugo Sérgio entrou no lugar do Barbosa Nunes. Os repórteres eram, Ademar Costa, Levi de Assis, Jota Rizada, Ezer de Melo, Romildo Silva, Rupert Nickerson e Evandro Gomes.

Ademar Costa entrevistando o presidente da Federação Tocantinense de Futebol (FTF), Leomar Quintanilha

Convidado

No ano de 1977 depois de sete anos de rádio, foi convidado para fazer Programa de TV. Na rádio ganhou um prêmio de repórter revelação. No primeiro ano de TV também Brasil Central, foi eleito o melhor repórter. Daí para frente foi só alegria, “eu ganhava oito salários mínimos, mais 60% de gratificação, para fazer rádio e TV”, destacou Ademar lembrando que Baltazar de Castro, Chefe do Esporte da TV, na ocasião, foi quem o levou pra televisão.

Em seguida, Baltazar saiu para uma campanha política e o indicou e colocou como chefe de esporte. “Eu só participava dos programas da rádio, transmissão, nem pensar”, comentou Ademar, que também passou a ser o correspondente da TV Bandeirantes, de São Paulo, em Goiânia.

Só feras

Coordenador e narrador da TV Brasil Central, correspondente da Band e repórter da rádio Brasil Central eram sonhos que foram realizados através de muita luta e conquistas ao longo dos anos.

Na televisão teve a oportunidade de ensinar trabalhar só feras do jornalismo nacional esportivo como Carlos Magno, hoje chefe do telejornalismo da Record Goiânia, Rafael Sebba, repórter de rede da Globo em Goiânia e Téo José Auad, hoje na Fox. Além dos nomes já citados, ainda trabalhou com Antônio Porto, que encerrou sua carreira em Goiânia. Trabalhou durante quatro meses com Galvão Bueno e Jorge Kajuru. “Aí, entrei em uma demissão voluntária e vim para o Tocantins, em 1995”, lembrou.

Tocantins

Na ocasião foi contratado pela TV Javaés, que depois passou a se chamar TV Girassol. Lá lançou o Programa Esporte Mais. Em seguida foi contratado pela TV Jovem Palmas. Nessas emissoras formou equipe forte com Alessandro Pires, um repórter de mão cheia, super responsável e grande profissional. Márcio Ricardo, outro cara nota 10. Gilmar Santos, um dos mais completos no rádio esportivo. Também  o repórter Élcio Mendes, grande profissional, tanto na rádio como no impresso, hoje o Secretário de Comunicação do Tocantins. “Saímos da Jovem Palmas e levamos o programa Esporte Mais para a Redesat. Lá conseguimos revelar duas grandes profissionais na área esportiva, Alcione Luiz e Renata Ramos”, recordou.

Na Redesat começou a fazer novamente rádio e televisão. No rádio, além dos nomes já citados, ainda trabalhou com outros grades profissionais, como Edimar Rodrigues, Horlan Tavares e Jota Júnior.

Com a mudança para a Unitins, hoje “estamos” fazendo no momento só rádio na 96FM. Mas, Ademar Costa revela que tudo indica que nos próximos dias voltará a fazer televisão novamente.

 

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