China se ‘integra’ ao mundo e encerra os Jogos Olímpicos

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Foram oito anos de preparação, de desconfiança e duras críticas sociopolíticas por parte da comunidade internacional, mas a
Ao contrário da cerimônia de abertura, a de encerramento não procurou aliar conceitos tecnológicos à história chinesa. O Comitê Organizador dos Jogos de Pequim (Bocog) optou por algo mais simplório, explorando recursos naturais para dar um recado ao mundo: que a poluição e o detrimento dos direitos humanos em relação à produção industrial não passam de visões ”mal-acabadas” do mundo ocidental.


O presidente do Bocog, Liu Qi, aproveitou o momento para agradecer o apoio recebido para a realização dos Jogos, que serviram para o mundo conhecer a China. Já o presidente do COI, Jacques Rogge, disse que a Olimpíada de Pequim serviu para a China ”acolher” o mundo. No quesito esportivo, Rogge elogiou a estrutura montada e ressaltou as conquistas históricas, como as oito medalhas do nadador norte-americano, Michael Phelps, e os recordes assombrosos do velocista jamaicano, Usain Bolt.


Em contrapartida, a questão política, principalmente sobre o Tibete, não foi abordada em momento algum, mantendo o clima ”amistoso” entre a China e países como a França, que assumiram uma posição mais agressiva, antes dos Jogos, para que tal questão, assim como os Direitos Humanos, fosse tratada com mais afinco pelo Governo chinês.


Após os devidos discursos, os burocratas presentes deixaram o palco central, dando lugar à passagem da tocha para a próxima cidade sede, Londres, que tem a incumbência de receber os Jogos em 2012.


Londres foi representada dentro de seus estereótipos, como o ônibus de dois andares, o cenário urbano, com bicicletas, muros e pessoas com os mais variados trajes. Como símbolo máximo de interação entre as duas cidades, uma menina chinesa passa uma bola de futebol para uma menina britânica (de ascendência variada, mostrando a diversidade pela qual Londres atravessa), que entra no ônibus que, por sua vez, se transforma em cenário londrino e palco para a guitarra de Jimmie Page, ex-integrante da famosa banda Led Zeppelin.


Dentro de seus mais variados ícones, Londres apresentou o jogador de futebol David Beckham, que recebeu a bola e a chutou para os voluntários dos Jogos, que estavam ao redor do ônibus.


Logo após, a tocha foi apagada e o fogo olímpico foi simbolicamente passado para jovens londrinos, que terão a ”missão de manter o espírito olímpico aceso”, que foi celebrado com apresentações de balés, músicas interpretadas por músicos chineses e a participação do tenor Plácido Domingo ao lado da chinesa Song Zuying, do Exército de Libertação Popular da China.


O ápice da cerimônia, pelo menos dentro de seu contexto sociopolítico, aconteceu com a participação do ator Jackie Chan, de filmes como A Hora do Rush, deixando clara a vontade chinesa em mostrar-se integrada ao mundo ”pop”. O foco era o Esporte, mas os Jogos Olímpicos de Pequim foram permeados por questões além das esportivas. A bandeira chinesa tremula, triunfante, e os Jogos estão oficialmente encerrados.


BRASIL
A delegação brasileira, assim como as outras, teve uma passagem rápida em sua apresentação. O destaque ficou por conta da atleta Maurren Maggi – medalha de ouro no salto em distância – que foi a porta-bandeira. As meninas de ouro no vôlei também estavam presentes. Já César Cielo, ouro nos 50 m livre, na natação, está no Brasil desde o começo da semana.


(Fonte:AE)