Cadê o zagueiro Romílton que enfrentou Romário no Maracanã e fez história no Tocantins e no Acre

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Cadê o zagueiro Romílton que enfrentou Romário no Maracanã e fez história no Tocantins e no Acre

Cadê o zagueiro Romílton que enfrentou Romário no Maracanã e fez história no Tocantins e no Acre. Muita resenha. Conquistas. Dificuldades por clubes onde passou. Chegou a apartar uma briga de um goleiro de sua equipe em pleno Maracanã enfrentando o “poderoso” Flamengo de Romário, Lúcio Bala, Sávio CIA, em 1997. No mais uma carreira consolidada e de muitos amigos e encerrada em 2002 no Acre. Estamos falando de Romílton Farias, ex-zagueiro campeão pelo Palmas (2001), onde atuou entre 1997 e 2001. Além do Tricolor da Capital, Romílton vestiu as camisas do Gurupi, Interporto, Tocantinópolis. Foi campeão da Copa Tocantins defendo as cores da equipe do União Araguainense, em 1995. Mas Cadê Romílton Farias?

Não demorou muito para que os amigos se manifestarem e o próprio Romílton para dizer onde está atualmente. Natural da cidade de Natividade, Romílton Farías vive hoje em Palmas e é funcionário público estadual.

Romílton ao lado dos jogadores Maílson (E) e Lucca durante evento solidário na chácara de Lucca – Divulgação

Carreira

Saindo de Natividade, Romílton foi jogar em Goiânia, na base do Goiás Esporte Clube. Mas como estourou a idade retornou ao Tocantins e veio atuar pelo Gurupi. Depois vestiu a camisa do Tocantinópolis. Passou pelo União Araguainense, onde ajudou o time a conquistar a Copa Tocantins de 1995. Em 1997, acertou para jogar pelo Palmas Futebol e Regatas, onde permaneceu entre 1997/1998/1999/2001, mas ressalta que no ano 2000 (esteve no Interporto e depois o Rio Branco do Acre).

“Foi no Palmas que parei mais tempo e tive uma conquista inesquecível em 2001, quando vencemos o TEC, no Lauro Assunção por 5 x 4, nos pênaltis. Foi jogo batizado como das Abelhas, já que durante o jogo um enxame entrou pelo gramando e foi aquela correria dentro e fora do campo. Ótima lembrança.

2001 Ficha Técnica

TEC x Palmas – Jogo da volta – Data: 31 de junho de 2001 – TEC 1 x 1 Palmas
Palmas: Rodrigo Ramos; Marcelo Cândido, Romílton, Eugênio e Eudes; Adeildo, Matera e Cidney (Arismar e Ferdinando) e Wesnalton; Licuri e Índio. Técnico: Ivan Gradin.
TEC: Régis; Sizinho (Jobson), André, Rubens e Giovânio; Mezaque, Edgar, Mazinho (Raí) e Alencar (Efrain); Gelo e Carrapeta. Técnico: Sérgio Belfort.
Local: Estádio Lauro Assunção – Tocantinópolis.
Árbitro: Francisco Leone
Gols: Gélo 2 minutos e Eudes aos 15 minutos ambos no segundo tempo.
Nos Pênaltis: TEC 4×5 Palmas
Marcaram pro Palmas: Eugênio, Ferdinando, Licuri, Matera e Lalá.

Padre

Romílton conta que em 1998, o Palmas, estava perto da final do Estadual, mas o clube estava devendo cerca de três meses de salários aos jogadores. Numa noite daquelas chegou no alojamento, o senhor José Pinto (dirigente) e conversou com todo mundo dando a entender que o Palmas pagaria os jogadores, pois ele disse que no dia seguinte iria levar a solução. “Poxa quando seu Zé Pinto foi embora foi uma verdadeira festa. Jogadores ligando para suas casas para avisar suas famílias que o Palmas iria pagar. E naquele tempo as ligações eram feitas com fichas nos orelhões. Foi bem legal. Muita gente ficou sem dormir com a conversa com o dirigente. No dia seguinte chega novamente ao alojamento o Zé Pinto dizendo que estava trazendo a solução”, comentou. “Todos ansiosos e ele falou: olha estou trazendo um padre aqui para rezar uma missa para solucionar este problema”, os jogadores ficaram perplexos e achando engraçado a situação, porém, sem entender o que de fato estava ocorrendo, mas depois isso acabou virando mesmo foi história.

Daquele grupo só o zagueiro Romílton recebia salário fora do clube pelo empresário Geral Netão, do Cartório (era ele quem pagava meu salário). Romílton lembra que haviam vários jogadores recém-casados e com crianças que tinham acabado de nascer como era os casos dos jogadores Fábio Canela (Colinas) e do jogador Silvinho (Goiânia).

Maracanã

Mas antes de jogar no Palmas em 1997, Romílton lembra sua passagem pelo Rio Branco do Acre. Na Copa do Brasil daquele ano, sua equipe já havia eliminado o Baré (RR) e o Goiás, em pleno Serra Dourada, em Goiânia e no terceiro jogo, o Rio Branco pegou e venceu o Flamengo: 2 x 1, em Rio Branco e no jogo da volta no Rio, no Maracanã, o goleiro de sua equipe agrediu o juiz do jogo. “O juiz achou que nosso goleiro, o Valtenir, estava fazendo cera e deu cartão a ele que foi para cima do juiz e agrediu o árbitro mineiro Kleber Assunção Gonçalves”.

Romílton esteve na Gávea antes do Rio Branco (AC) enfrentar o Flamengo – Fotos: Arquivo Pessoal

Segundo consta na época, aos 30 minutos do primeiro tempo, o juiz deu um cartão amarelo para o goleiro por “cera”. Com muita raiva o Valtenir pegou a bola e a colocou na cara do juiz, que o expulsou. “E aí já que estava expulso o goleiro deu três socos no rosto do apitador e um chute na sua bunda. Foi quando eu o abracei até a chegada dos policiais. Infelizmente perdemos por 5 x 1”, recordou Romílton. Os gols do Flamengo foram assinalados por Romário (2), Evandro, Bruno Quadros e Sávio. Pepelin marcou para o Rio Branco.

Romílton lembra que na volta sua equipe ainda disputou a final da Copa Norte contra o Remo. Em casa, terminou 0 x 0, e no Mangueirão lotado, no Pará, o Rio Branco venceu por 2 x 1 e foi campeão. E ainda foi campeão invicto pelo Rio Branco no Estadual daquele ano.

Depois da saída do Palmas, voltou para o Acre, e em 2002 jogou pelo Vasco (AC) na Copa do Brasil e encerrou a carreira jogando no Atlético Acreano. “Voltei para o Tocantins para trabalhar em campanha política e hoje sou funcionário público estadual”, comentou.

Família

Além de Romílton ter jogador profissionalmente, na família tem ainda o jogador Walisson Maia, que atualmente está defendendo as cores do Água Santa, de Diadema (SP) – https://aloesporte.com.br/50458-2/ Tem também o volante Nik Maia, que estava jogando o Campeonato Carioca pela Cabofriense e foi formado na categoria de base do Atlético Paranaense. “Se eu tivesse sido mais profissional teria conquistado mais coisas no futebol. Mas vida que segue”, finalizou o tocantinense.

 

Perfil

Nome: Romíton  Farias Maia

Natural: Natividade (TO)

Posição: Zagueiro

Ídolo: Mozer (Flamengo)

Times que jogou:

Goiás (base)

Gurupi

Tocantinópolis

União Araguainense

Palmas

Interporto

Barra do Garças (MT)

Tuna Luso (PA)

Rio Branco (AC)

Vasco (AC)

Atlético Acreano

(Fonte: Reinaldo Cisterna/Arquivo/Site Alôesporte)

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