Leandro Oliveira resolve pendurar o apito e diz que agora só ficam as boas lembranças

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Leandro Oliveira manda um comunicado geral dizendo que encerra a carreira de árbitro de futebol, mas que não queria parar agora, porém, afirma que tem que parar "não sei se é para o resto da vida" - Fotos: Arquivo Pessoal

Leandro Oliveira resolve pendurar o apito e diz que agora só ficam as boas lembranças

Leandro Oliveira resolve pendurar o apito e diz que agora só ficam as boas lembranças. Depois de 14 anos apitando jogos em Goiás, onde nasceu na cidade de Mossâmedes e hoje no município de Miracema, localidade que reside atualmente, desde 2005, e por vários lugares do Brasil onde teve a oportunidade apitar jogos de futebol, Leandro Oliveira, aos 36 anos, sendo quatro no quadro da CBF, resolve pendurar o apito. Não apitará mais.

“Chego ao meu limite perante a arbitragem. Um sonho que vivi desde os 16 anos de idade quando iniciei no estádio Cancha do Baru, em Mossâmedes (GO)”, lembra citando o professor José Modesto com quem teve os primeiros ensinamentos e que foi seu grande incentivador.

Segundo Leandro, no início foi ele quem emprestou o primeiro apito, um par de cartões e o uniforme, e daí foi ficando sério e veio outro amigo, o Edson de Lima (gordinha) in memória, quem pegou o seu carro e o levou para o primeiro campeonato amador, em Buriti de Goiás. Lá conheceu outro incentivador que foi João (professor e organizador do campeonato).

Leandro Oliveira manda um comunicado geral dizendo que encerra a carreira de árbitro de futebol, mas que não queria parar agora – “não sei se é para o resto da vida” – Fotos: Arquivo Pessoal

LIMFA

Aos 18 anos começou a se destacar nos campeonatos amadores e aonde chegou à LIMFA, presidida pelo então senhor Abdala e que tinha como diretor de arbitragem o senhor Cuíca. “ Foi onde comecei acreditar que eu poderia ser árbitro”, destaca.

Disse que começou a conviver com grandes árbitros do futebol Goiano da região de São Luiz de Montes Belos, como por exemplo, Divino Paulino, Getulio, Mauro, Valmir, Noé Divino, Ramos entre outros. Sempre teve ao seu lado dois assistentes que tornaram amigos e irmãos e fizeram ótimos jogos. Leandro, um jovem de 18 anos e seus amigos Edmilson (Jesus) e cabo  Cristiomar, ambos com idade de ser meu pai, pessoas estas que até hoje são seus amigos e que foram seus assistentes por muitos anos. “Éramos um trio fixo que representava Mossâmedes na liga de São Luiz, foi aí onde começou e fizemos muitos jogos juntos”, conta.

Tocantins

Após alguns anos militando pelo futebol do interior Goiano resolveu largar tudo e vir embora para o Estado do Tocantins, precisamente para a cidade de Miracema do Tocantins. No ano de 2005, onde pensou que não seria mais árbitro de futebol, mas quis o destino colocar mais pessoas na sua vida. Ele conheceu o Hélio da HP que fez um convite para fazer dois jogos como árbitro, um entre as equipes do Tocantins x Guaraí, em preparação para o campeonato profissional daquele ano e outro um jogo festivo entre MEC x TEC clássico dos anos 90 da cidade e que naquele dia tinha uma pessoa assistindo e que mudaria mesmo a “minha vida”.

Gasparino Bezerra

Trata de um senhor humilde,  companheiro e que se tornou mais que um presidente da Comissão de Arbitragem, ele era um pai para Leandro. Segundo o árbitro, Gasparino Bezerra o ajudou muito. “Ele foi o senhor que marcou a arbitragem Tocantinense e marcou minha vida, ele sempre acreditou no meu potencial e foram muitas alegrias nestes 14 anos de arbitragem”, agradece Leandro dizendo que tudo que conquistou dentro da arbitragem tem mérito do amigo Gaspar e a quem ele ora a Deus para proteger e deseja muitas bênçãos na sua vida.

Fotos

Leandro diz que todo dia vê árbitros postando fotos em estádios maravilhosos. Seus esforços, treinos diários, me incentivam todos os dias. “Às vezes penso que não vou conseguir isso quase me faz chorar, mas quando vejo meu nome em uma escala, ou ajudo alguém de alguma forma na arbitragem, eu já fico feliz”, comenta.

Adeus

Segue dizendo que este momento de ver seu nome em escalas estão cada vez se tornando mais raros e hoje as 36 anos de idade dedicado a 14 anos de FTF e 4 anos de CBF “venho por meio deste comunicar que encerro  minha carreira de árbitro de futebol não queria parar agora, mas infelizmente tenho que parar, não sei se é para o resto da vida, mas as circunstâncias do momento me faz parar”, prefere não falar os motivos.

Agradecimento

Venho aqui agradecer o Presidente da FTF, o senhor Leomar Quitaninha, o superintendente José Wilson, o meu amigo Mario Marques, o ex presidente da Ceaf, Gasparino e o atual presidente Adriano o instrutor Alfredo entre outros.

Amigos do apito

Gostaria de agradecer pelos amigos conquistados na arbitragem, pessoas que vamos levar pra sempre em nosso corações com não lembra de Jânio Pires, Fabio Pereira, Alisson Furtado, Cipriano, Samuel Barbosa, Parriao, Frazao, Casimiro, Gilvan, Fernando, Natal, Aldir, Antonio Carlos, Edvaldo, Zelio, Dagoberto, João Sales, Claudino, Fernando(in memória) Silvon, ManinhoFrancisco(índio),  Leone, Junior Melo, Adriano Barros, Alvani Nunes, Hermes Leal, Silvio Pereira, Thiago Costa, Paulo Cesar, Antonio Jorge, Cebola, Reginaldo, Daniel, Luciano Santos, Woschigton Monteiro, Weldes Rocha entre outros queria também agradecer Pedro Pereira, Gilvaneis Pires, Adriano Barros, Paulo Cesar Dourado e Samuel Barbosa este se tornaram mais que amigos e sim irmãos e tenho um carinho que vou levar pro resto da minha vida.

Sergio Correia

Levarei muitas lembranças boas de amigos conquistados no Brasil por onde trabalhei em jogos da CBF, gostaria de agradecer ao presidente da comissão nos anos que atuei, Sergio Correia ao amigos instrutores da CBF Dionísio, Antônio Pereira, Alicio, Ana Paula, Nilson Mossão, Dr. Marta, Milton Otaviano (in memória), Sergio Cristiano entre outros

Meus eternos agradecimentos aos meus familiares a quem sempre me apoiou em especial minha mãe, a minha esposa e minha filha. Estou hoje colocando um ponto ou uma vírgula, não sei se consigo ficar longe da arbitragem, mas o momento é de pausa em virtude de uma série de coisas que vem acontecendo e isto me faz dar um tempo.

Gostaria de desejar êxito a aqueles que estão iniciando, desejo sabedoria aos comandantes da nossa arbitragem e que olhe com mais carinho porque não está fácil, mas não vou colocar a culpa em ninguém, vou colocar em mim mesmo, meu sonho era chegar à CBF e cheguei por mérito meu, e da forma que deveria ser sempre, mas desde já obrigado meu Deus por tudo.

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