Largada do Rally Dakar reúne 250 mil pessoas em Buenos Aires

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A largada do Rally Dakar reuniu mais de 250 mil pessoas, nesta sexta-feira, em Buenos Aires. O público argentino foi acompanhar de perto o início simbólico da aventura, já que a disputa começa para valer apenas neste sábado Ao todo, 373 veículos – carros, motos, quadriciclos e caminhões – partiram para a 31ª edição da prova, a segunda seguida na América do Sul, que irá percorrer 9.030 quilômetros até o dia 17 de janeiro, passando por Argentina e Chile.


Nesta sexta-feira, após a largada festiva em Buenos Aires, houve apenas um deslocamento de 317 quilômetros até a cidade de Colón, sem marcação de tempo gasto no percurso. Assim, a disputa começa mesmo neste sábado, quando os participantes partem de Colón com destino a Córdoba. Ao todo, serão 219 quilômetros de trecho cronometrado para motos e quadriciclos e 251 quilômetros para carros e caminhões.


Ao longo do percurso do rali, os pilotos irão enfrentar duras jornadas atravessando dunas, alagadas planícies, serras com precipícios e estradas de cascalho com curvas fechadas, além das elevadas altitudes da Cordilheira dos Andes e do causticante deserto do Atacama. Entre os carros, os favoritos ao título desta edição do Rally Dakar são o sul-africano Ginel De Villiers, o francês Stéphane Peterhansel e o espanhol Carlos Sainz. E nas motos, os principais destaques da prova são o espanhol Marc Coma e o francês Cyril Despres.


Um dos 25 brasileiros que participam desta edição do Rally Dakar é o carioca Guilherme Spinelli (Mitsubishi), que disputa a prova pela segunda vez e tem chance de fazer bom resultado. O navegador de seu carro, Felipe Palmeiro, ressaltou que as dunas do deserto do Atacama serão um grande desafio. ”São as maiores que eu vi em minha vida! Esse trecho será um dos mais difíceis e decisivos do rali”, adiantou ele.


PROBLEMAS – O Rally Dakar deste ano contou com 30% a menos de participantes em comparação à edição anterior. Por trás desta redução, segundo os organizadores, esteve a crise econômica que assolou o mundo ao longo do último ano. Desta vez, 373 veículos participarão do evento, sendo que o recorde de participação foi em 1988, com 603 veículos – o pior número foi o de 1993, com apenas 154 veículos.


Esta é a segunda edição realizada na Argentina e no Chile. Antes, o rali mais tradicional e famoso do mundo acontecia na Europa e na África. Mas as ameaças terroristas que impediram a realização da prova em 2008 também fizeram a organização transferir a competição para um continente politicamente mais seguro: a América do Sul.


Na edição do ano passado, o Rally Dakar manteve a sua tradição de vítimas fatais: o piloto de moto francês Pascal Terry, de 49 anos, morreu durante a prova – seu corpo foi encontrado somente dois dias após seu falecimento, numa clara falha da organização.


Enquanto isso, ONGs ambientalistas da Argentina e do Chile prometem protestar neste ano pelos ”danos ao ambiente” que a passagem dos veículos supostamente provocaria durante o percurso, provocando mais uma polêmica na rica e conturbada história do Rally Dakar.


 


(Fonte:AE)