Conheça a história do atacante Alexandre artilheiro 3 vezes do Tocantinense pelo Interporto

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Pôster do Interporto campeão Tocantinense da Segunda Divisão de 2009, o jogador Alexandre fazia parte do plantel – Arquivo/ Reinaldo Cisterna/Pôster

Conheça a história do atacante Alexandre artilheiro 3 vezes do Tocantinense pelo Interporto

Conheça a história do atacante Alexandre artilheiro 3 vezes do Tocantinense pelo Interporto. Quatro Copas do Brasil, uma pelo Kaburé (1997), Alvorada (1998), Interporto (1999/2000) e uma Copa João Havelange (2000) pelo TEC. Vestiu ainda a camisa do Palmas. Foi bicampeão Tocantinense pelo Interporto, um da Primeira Divisão, em 1999, e outro pela Segunda Divisão, em 2009. Mas também foi campeão da Copa Tocantins de 1998 pelo Interporto.

Foi ainda campeão Matogrossense pelo Primavera do Leste (2000). Além de ídolo, de quebra, foi artilheiro do Campeonato Tocantinense três vezes pela camisa do Tigre. Em 1997, marcou 7 gols. Em 1999, novamente o atacante Alexandre foi o homem gol marcando 9 gols e repetiu a dose em 2000 com 10 gols. Uma história tão bonita assim, a pergunta que não pode ficar sem resposta. Cadê o Alexandre?

Confira um material especial do CBN Tocantins Esportes falando sobre os artilheiros do Tocantinense. https://www.cbntocantins.com.br/programas/cbn-esportes/cbn-esportes-1.318022/programa-deste-s%C3%A1bado-discute-sobre-os-maiores-artilheiros-do-futebol-tocantinense-1.2068468 

Alexandre de Oliveira e Silva, o Alexandre. Nasceu no dia 28 de fevereiro de 1976, hoje com 44 anos, na cidade de Taguatinga (DF). Chegou à cidade de Porto Nacional, no dia  no dia 18 de março de 1981. É solteiro, tem três filhos, Cleyton (22), Alexandre Filho (18) e a Amanda (15 anos). Mora em Porto Nacional. É funcionário da Empresa BRK, em Porto Nacional. “Feliz de ter escolhido esta cidade maravilhosa para morar”.

Time do Interporto Campeão da Copa Tocantins de 1998 – Arquivo Revista/Reinaldo Cisterna
Time do Interporto Campeão Tocantinense 1999 – Arquivo Revista/Reinaldo Cisterna

Trajetória

Alexandre começou a jogar bola com seus 14 para 15 anos disputando o Campeonato da Roça, no Bairro Jacó, região hoje da Pecuária, perto do Santo Antônio, onde os torneios eram disputados como triangular, quadrangulares. Alexandre conta que de Porto Nacional jogavam as equipes do Saco de Arroz e time dos Velhos, onde jogava o finado Pandeiro, Osmar Navalha, Tedion, entre outros bons jogadores da época.

E a partir daí que como a se destacar no futebol portuense e o veio jogar em Porto Nacional no time do Raimundão (Cometa), Sub-18. “Sempre me destacando fui convidado a disputar o Municipal pelo Uniporto que era comandado pelo Zé Carrofo, e o Carlão da Sport Carlos, e o Fulor era torcedor fanático do clube”, lembrou.

Sem chuteira

Uma triste realidade que vivia o artilheiro que naquela época, apesar de ser considerado um dos melhores que jogavam em Porto, Alexandre disse que não tinha chuteira para jogar, e muitos colegas da equipe acabavam emprestando para ele atuar. Mas faz questão de destacar que a primeira chuteira que ganhou com o nome de Munique foi do seu pai, quem comprou a ela.

Alexandre gostava de disputar o Municipal de Porto Nacional, pois segundo ele, era uma competição bastante forte que reunia as seleções da cidade,Ponte Alta, Brejinho de Nazaré, Silvanópolis e Fátima. “Com estas equipes fortes eu queria dar o meu máximo para alegrar o torcedor e satisfazê-lo pelo prazer de ir ao campo para acompanhar os jogos e ver uma bela jogada, um belo drible, um gol, enfim, era minha satisfação dar em troca isso para eles”, comentou.

Já no primeiro Campeonato Municipal que disputou foi eleito o craque e a revelação da competição, foi quando surgiu em seu caminho o Interporto. Alexandre ressalta que não teve uma formação normal no futebol como trabalhar na categoria de base, disse que foi direto ao profissional e sempre querendo dar o melhor dele para equipe, mesmo alertando que o futebol não é um esporte individual,mas sim coletivo.

Quatro Copas do Brasil

Ganhando rodagem dentro das quatro linhas e chamando atenção de quem o via de fora de campo, Alexandre no ano de 1997 foi convidado pela diretoria do Kaburé de Colinas para jogar pelo clube colinense a Copa do Brasil diante da Portuguesa, que tinha em seu elenco jogadores conhecidos como Capitão, Alex Alves, entre outros. E o time da Lusa vinha de um vice-campeonato Brasileiro perdeu a final para o Grêmio, no ano anterior.

Alexandre lembra que sempre era chamado para representar os clubes que no anterior ganhavam o título da Copa Tocantins ou do Tocantinense. Em 1997, contra a Portuguesa Alexandre ressalta que jogava de meia-atacante, mas o técnico Carlúcio Divino disse que com ele iria atuar de atacante, ficou assustado, mas acabou aceitado e dando certo. No dia do jogo, no Estádio Bigodão de Colinas lotado, o time Paulista vencia por 1 x 0 e no finalzinho sobrou uma bola vindo do fundo para a área ele entrou de carrinho e empatou a partida terminando 1 x 1. Muita festa. O pessoal “puxando meu saco”. Foi legal.

O presidente do Kaburé, na época era o narrador Domingos Santos. Depois deste jogo, Alexandre lembra bem quando chegou ao clube ganhava um salário mínimo de cruzeiro C$ 115,00 ( o valor no mercado era 112,00), depois deste gol e da partida o presidente ofereceu a ele C$ 450,00, não deu outra, Alexandre disse que ficou muito feliz pela valorização. Disse ele que o Domingão dizia não vamos deixar este rapaz ir embora, por isso aumentou o salário. Na partida da volta no Canindé, em São Paulo, infelizmente a Portuguesa venceu o kaburé por 8 x 0.

No ano seguinte, Alexandre disputou outra Copa do Brasil, desta vez pelo Alvorada diante do Atlético Mineiro. No Estádio Elias Natan, em Alvorada foi 2 x 1 para o Galo. E na volta no Mineirão terminou 7 x 0 para Atlético.

Já nos anos de 1999 e 2000, Alexandre disputou a Copa do Brasil pelo Interporto contra o Gama e Bahia, respectivamente. Contra o Gama foi 3 x 1 para o time do Distrito Federal, no General Sampaio. No ano seguinte, o  Bahia goleou o Interporto por 8 x 0, no Estádio General Sampaio, em Porto Nacional. O técnico do time baiano era Evaristo de Macedo.

Jogador tocantinense Alexandre e Tiú foram campeões pelo Primavera do leste no mato Grosso no ano de 2000 – Fotos: Arquivo pessoal

Alexandre também jogou fora do Tocantins, no Campeonato Goiano pelo Bom Jesus de Goiás, mas diz ele que foram poucas partidas. Atuou e fez história jogando pelo Juventude de Primavera do Leste, e ao lado de outro jogador que saiu do do Interporto, o Cleomar, conhecido como Tiú – https://aloesporte.com.br/confira-como-esta-hoje-o-volante-tiu-campeao-pelo-interporto-e-juventude-de-primavera-do-leste/, foram campeões Estadual pelo time matogrossense. Alexandre lembra que nesta época poderia ter ido jogar no Rio, mas o Interporto não o liberou.

Pelo futebol Tocantinense, além de Kaburé e Interporto, também vestiu as camisas do Palmas e do Tocantinópolis, mas foi no Alvorada que conquistou um título da Seletiva para a Copa do Brasil de 1998. Também foi campeão pelo Interporto na Copa Tocantins de 1998.

Também se destacou com título jogando no Futebol Amador do Tocantins, onde foi campeão da Copa Sudeste vestindo as cores do Taguatinga. Disse que O campeonato estadual por outro clube nunca jogou contra o Interporto.

Artilheiro

Por três anos garantiu o título de artilheiro do Campeonato Tocantinense. Em 1997, Alexandre dividiu com outro atleta do Interporto, o Fernando, a artilharia do campeonato, ambos com sete gols. Já em 1999, foi artilheiro sozinho assinalando nove gols novamente com as cores do Interporto e voltou a repetir a artilharia no ano 2000, também pelo Tigre, desta vez marcando dez gols. https://www.campeoesdofutebol.com.br/tocantins_artilheiros.html 

Alexandre também relembra algumas pessoas que ele jogou a favor ou contra como Juraci, que segundo ele, se encontra numa cadeira de rodas. Também citou o atleta Carlos Demósteles dizendo que jogava muito e é um grande parceiro. Lembrou do Osmar Rodovalho e Rochinha, que foram seus treinadores. Mas disse que no futebol o cara que ensinou bastante ele foi o super campeão como técnico Carlos Magno.

Para Alexandre, um verdadeiro professor que o ajudou até se posicionar em campo, como jogar pelos lados do campo. Ao todo foram cinco títulos expressivos. Confira todos os títulos do Tocantinense https://quadrodemedalhas.com/futebol/campeonato-tocantinense/index.htm 

Bate-pronto

Qual melhor time que viu jogando?

Sem dúvida, o Interporto de 1999, quando fomos campões do Estado na casa do Tocantinópolis.

1999 – Jogo de ida da final: 12/12/1999

Local: Estádio General Sampaio –  Interporto 2 x 0 TEC

Jogo da volta da final: dia 19 de dezembro de 1999

Tocantinópolis 2 x 0 Interporto

Local: Estádio Lauro Assunção – Tocantinópolis

Nos pênaltis: 4 x 3 Interporto

Árbitro: Mariano Soares

Renda: R$ 1981,00

Público: 1.981 torcedores

Gols: Adauto 13, Fábio Canela 27 do 2º;

TEC: Edson; Lôra,Fábio Canela,Rubão e Fabinho; Paulo Souza (Cleysin), Baía(Reginaldo),Alencar (Renner) e Adauto; Gélo, Carrapeta

Técnico: Carlos Magno

Interporto: Mateus; Cebola,Telão, Den e Cleones; Ceará (Juninho), Janair, Tiú e Pablo (Coxinha); Preá e Alexandre. Técnico: Osmar Rodovalho (Mazinho).

Qual o time complicado e chato pata jogar?

Foi o Gurupi. O time deles não era brinquedo não. “fomos duas vezes vice-campeões perdendo para eles. No ano de 1997 e 2011, quando eu parei de jogar profissionalmente”.

Qual o melhor campo que você atuou no Tocantins?

O Estádio Nilton santos é muito bom, mas ressalvo também o Estádio General Sampaio de Porto Nacional. Os dois são os melhores.

Qual o melhor árbitro que viu apitando Tocantins?

Gostava muito do Josias Mendes, pois ele sabia conversar com os jogadores, até para para uma cartão ele era engraçado. “professor o natal tá chegando. Tome para você este cartão” ou meu amigo por favor vá para o chuveiro esfriar sua cabeça.

Qual melhor jogador que viu jogando no futebol Tocantinense?

Fico com o parceiro e artilheiro Licuri. Ele era inteligente com a bola nos pés, sabia driblar, tinha bom domínio de bola, tinha arrancada. Era bom demais. pena que não teve muita oportunidade para jogar fora do Tocantins, senão seria um nome famosos lá fora.

Perfil
Nome:Alexandre de Oliveira e Silva
Apelido: Alexandre
Natural: Taguatinga (DF)
Data de nascimento: 28 de fevereiro de 1976
Posição: Atacante
Solteiro
Filhos (3): Cleyton (22), Alexandre Filho (18) e a Amanda (15 anos)
Times que jogou
Kaburé
Interporto
Alvorada
TEC
Palmas
Bom Jesus de Goiás
Juventude de Primavera do Leste (MT)
Futebol Amador
Cometa de Porto Nacional
Uniporto
Taguatinga (TO)

Títulos
1998 – Campeão da Copa Tocantins – Interporto
1998 – Campeão da Seletiva para a Copa do Brasil – Alvorada
1999 – Campeão Tocantinense – Interporto
2001 – Campeão Matogrossense – Juventude Primavera do Leste
Amador
Campeão pelo Taguatinga Copa Sudeste

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