Cadê José Batista (Kurica), melhor atleta que Dianópolis e o Juventude Esporte Clube já tiveram

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Cadê José Batista (Kurica), melhor atleta que Dianópolis e o Juventude Esporte Clube já tiveram

Cadê José Batista (Kurica), melhor atleta que Dianópolis e o Juventude Esporte Clube já tiveram. José Batista Leitão Filho conhecido pelo apelido de Kurica. Nasceu na cidade de Dianópolis, no dia 28 de junho de 1965. Escreveu seu nome no futebol da Região Sudeste conquistando vários títulos no Municipal, e um Estadual Master pelo time de Natividade. Foi presidente do Juventude no período de maio de 2005 a maio de 2009. Durante cinco meses treinou no Atlético Goianiense, mas por questão financeira e a distância de onde morava para ir treinar no clube acabou não dando sequência. Também treinou dois meses no Goiás.

Trajetória
Kurica, como é popularmente conhecido, foi um brilhante e habilidoso jogador de futebol e que hoje se tornou referência para a juventude esportista enquanto modelo de atleta. Além disso, é considerado exemplo de cidadão: honesto, dedicado e que prima pelo bem-estar da sua família e do próximo. Começou a jogar futebol por indicação do saudoso Joel do Tichuá, na época da fundação do Goiás Futebol Clube, em 1980, no Juvenil.

Em pouco tempo passou a jogar como titular aos 15 anos de idade. Foi convocado para seleção da cidade em várias ocasiões, na qual se destacou para o futebol da região jogando na posição médio-volante. Teve uma passagem muito rápida no Atlético Goianiense, por meio de indicação, permanecendo no Dragão pelo período de cinco meses.

Ali conheceu e conviveu com grandes atletas como: Valdeir, Marçal, Júlio César e outros. Jogaram na categoria juniores, pois tinham quase a mesma idade. Ficou pouco tempo, em razão de dificuldades financeiras e não pode se hospedar no alojamento do Clube.

Assim, em busca de melhoras, realizou um teste no time Goiás, no qual permaneceu por aproximadamente dois meses treinando e vivenciando o mesmo dilema do clube anterior, pois lá não tinha alojamento. No entanto, pediram para que ele esperasse por um mês apenas, mas a situação financeira não contribuía para que ele permanecesse por lá.

A partir daí, foi morar com seu irmão em Brasília, onde treinou por mais de quatro meses no time do Guará de Brasília. Após esse período retornou para Dianópolis, retomou os estudos e começou a trabalhar.

Atlético Goianiense
No início da carreira jogava na posição de médio-volante e com passar do tempo, com treinos, habilidades aprimoradas e olhar diferenciado dos técnicos em relação sua performance em campo, passou a jogar de ponta de lança (meio atacante). “Na época que fui tentar ser um atleta profissional em Goiânia, fiquei poucos dias na casa de alguns amigos, não podiam me deixar ficar por muito tempo. Precisava de apoio para alcançar meu objetivo, meu sonho de garoto. Assim, tive que mudar para casa de outro amigo da família, na Vila Morais bairro de Goiânia, ressaltou Kurica.
“Uma das razões que não favoreceu para minha permanência no Atlético Futebol Clube foi à necessidade de buscar melhores condições com relação ao a distância do local em que aconteciam os treinos e onde eu morava. Na época, tinha que percorrer Goiânia de fora a fora para treinar, saia da Vila Morais a pé por volta das 10 horas horas, percorria a Avenida Anhanguera quase toda, até Campinas, no Estádio Antônio Acioli onde acontecia os treinos as 14 horas”, explicou ele acrescentando que como morava de favor não podia exigir o almoço cedo para jogar bola, dessa forma, sempre saía sem se alimentar para treinar.

Refeição
Segundo ele, em frente ao estádio, havia um senhor que vendia laranjas. “Lembro-me que ele às descascava bem rápido na maquininha. A laranja era as minhas refeições: almoço e janta. Levava sempre minha roupa da escola (uniforme), para que após os treinos pudesse frequentar as aulas no período noturno”, relembra.

Kurica disse que tomava banho no estádio às 17 horas e ia para o colégio que ficava na Avenida Goiás (Colégio Rui Barbosa), onde estudava. Às vezes quando dava, comia um pastel na hora do recreio. Após a aula, devido ao horário, o cansaço físico e a distância voltava para casa de ônibus, por volta das 23 horas.
“Fiquei nesta labuta por aproximadamente cinco meses. Realmente não tinha condições de viver dessa forma, fiz de tudo que estava ao meu alcance. Além disso, eu tinha também uma cobrança muito grande, pois todos achavam que eu era bom de bola, que tinha que ser profissional, mais não foi fácil. Tentei com alguns conhecidos a acolhida para que pudesse permanecer em Goiânia, mas não obtive êxito“, contou.

Seleção do Estado
Além das equipes citadas, Kurica diz ter tido o privilégio de ser convocado para a Seleção do Estado, onde participou do Campeonato Brasileiro de Seleções, em Porto Velho, contra Rondônia, Distrito Federal e Mato Grosso. Jogou até 2008, ano em que dividia as funções de presidente e jogador do time. Foi campeão estadual uma vez pela equipe master, defendendo as cores do time de Natividade. Mais aqui na região Sudeste do Estado ganhou inúmeros títulos.
“Me tornei um dirigente foi um acaso, não queria e nem tinha vocação. Na época exercia o mandato de Vereador em Dianópolis, porém, tinha um grande desejo de que Dianópolis voltasse a brilhar no cenário estadual no futebol como já havia acontecido nos velhos tempos. Sempre acreditei e sem menosprezar ninguém que deveríamos estar disputando em igualdade com Gurupi, Palmas, Porto Nacional, entre outros”, apostou.

Kurica disse que sua intenção juntamente com alguns desportistas, era fazer com que a equipe participasse do campeonato estadual e revelasse grandes jogadores, além de dar oportunidades aos jovens que não tinham. Segundo ele, acreditavam que através do esporte, muitos poderiam sair da marginalidade.

Dianapolinos
Kurica ressalta que a com a experiência que viveu fora do estado percebeu que muitos Dianopolinos precisavam ter a oportunidade de se destacar no futebol fora daqui. Assim, foi profissionalizando uma equipe da cidade, juntamente com uma grande equipe de desportistas que abraçaram a causa o time do Juventude de Dianópolis se destacou e ficou conhecido além de bem competitivo, alcançando admiração e respeito das equipes adversárias do Estado. “Porém, acredito que pela nossa inexperiência no meio como dirigente é que não nos tornamos campeões do estado do Tocantins, mais apesar de tudo valeu a pena; a experiência foi muito gratificante. Só tenho agradecer a oportunidade de ter montado uma Diretoria de alto nível além de inspirar o aluno Kerley Ribeiro a transformar minha história em seu tema de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), alcançando nota máxima, na Faculdade UNIRG de Gurupi, comemorou.

Oportunidade
Kurica faz questão de agradecer a Deus e ao povo de Dianópolis que lhe deu a oportunidade de ser Vereador por um mandato 2005 a 2008. Após a legislatura, teve a oportunidade de assumir a Secretaria Municipal de Esportes e a Diretoria do Procom, ambos em Dianópolis.

Agradecimentos
Ele faz questão também de agradecer as pessoas que fizeram parte da sua caminhada até hoje, como atleta de futebol e dirigente: Joel, Mário Careca, Alemiro, Marcos Quidute, Zé Padeiro, Hercy Filho, Renato Alves, Dominguinho Dentista, José Salomão, Dr. Elmisson, Francisco Alves, Doutor Jaime, Alan Divino, Doutor Wilson, Neiber Santana, Manoel Salvany (Sá Ganso), Klebão de Zé Padeiro, e muitos outros que contribuíram direta ou indiretamente. “Meu muito obrigado”, finalizou.

Atualmente, Kurica exerce a profissão de Contador da área pública, mora em Dianópolis e trabalha na prefeitura do município de Chapada da Natividade com o Prefeito Joaquim Urcino. Além disso, atua como Conselheiro efetivo do Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Tocantins.

 

Bate-pronto
Qual o melhor time que você jogou no Tocantins? 
Joguei em Dianópolis no time do Goiás, e em vários outros times da cidade, quando eu fui convidado para jogar no Estadual pelo Juventude, disputava campeonatos nos municípios da região como: Porto Alegre, Almas, Novo Jardim, Rio da Conceição, Natividade. O melhor time que joguei o estadual, foi o Juventude, recheado de grandes craques, Neiber, Adalberto, Paulo B, Joir, Gazinho, Mimi, Bembem, Marcelo Santos, Walter Ribeiro e etc….

Qual o melhor jogador que viu jogando no Estado?
Joguei com muitos atletas bons de bola, mais vou destacar um, chamava Genedilton Alves de Sousa conhecido como Bembem, excelente jogador, uns dos melhores que eu vi jogar, infelizmente nos deixou muito cedo.

Qual time que você achava chato para jogar contra que dava trabalho?
O time que era “osso duro de roer”, time do Alvorada, realmente eles tinha jogadores determinados e dedicados, sabiam jogar juntos, time forte, dava trabalho quando jogava contra nós, tanto dentro de Dianópolis como fora.

Qual o melhor juiz que viu apitando no Tocantins até hoje?
Me lembro de um juiz baixinho Sr. Enivaldo Ribeiro. Muito bom juiz, acredito que ele foi um dos destaques que vi como árbitro.

Qual o melhor campo para jogar?
O melhor campo para jogar na minha época era do município de Guaraí (estádio Delfinão).

Qual foi o pior campo que você jogou?
O pior campo foi o de Miracema (Castanheirão), péssimo muito ruim.

Perfil
Nome completo: José Batista Leitão Filho
Apelido: Conhecido pelo apelido de Kurica
Naturalidade: Dianópolis
Idade/Data de nascimento: 28 de junho de 1965 (54 anos).
Ídolo no futebol: Admiro muito e gosto de ver Messi jogando, sem dúvida é um grande atleta na atualidade.
Títulos: Ganhei vários títulos Municipal, e um Estadual Master pela equipe de Natividade.
Casado: Sou casado
Filhos: Tenho 4 filhos

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