Que beleza! São Paulo investirá R$ 33,4 bilhões para Copa de 2014

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Enquanto a maioria das cidades-sedes escolhidas pela Fifa para a realização da Copa de 2014 enfrenta dificuldades para deflagrar as obras de infraestrutura indispensáveis para acolher o Mundial de futebol do Brasil, a cidade de São Paulo já sabe quanto vai gastar para organizar o evento: R$ 33,4 bilhões.


A informação do coordenador da Copa do Mundo no Estado de São Paulo,  presidente da SPTuris, Caio Luiz de Carvalho, durante audiência pública realizada nesta quinta-feira (27), na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.


?O montante de investimento anunciado seria realizado até 2020. Mas, por causa da Copa, o governo do Estado de São Paulo e a prefeitura da capital paulista resolveram antecipar os investimentos, que serão aplicados para solucionar o problema mais grave da cidade: o da mobilidade urbana?, afirmou.


Carvalho acrescentou que desse total, 4% será bancado pelo governo federal, 8% será oriundo da iniciativa privada e o restante (88%) do governo estadual e da prefeitura de São Paulo.


?Quando se pensa em Copa do Mundo, todo mundo pensa em estádios. Só que, além do estádio, o maior problema é da mobilidade urbana, transporte de massa. Depois vêm as vagas em hotéis, as preocupações ambientais. São Paulo é a cidade mais preparada para isso. Imagine que a Fifa exige que o país sede tenha pelo menos 40 mil leitos disponíveis”, explicou.


Somente a cidade de São Paulo tem 42 mil leitos, o mesmo número que Nova York. Para Carvalho, até 2014 haverá um aumento de cerca de 20% nesse número.


”Além do mais, quanto à demanda de assistência média perto do estádio, temos ao lado do Morumbi não só o Albert Einstein, como o São Luiz, que atende a Fórmula 1 no circuito”, comentou.


O coordenador da Copa disse ainda estar preocupado com a demora do BNDES em definir as regras de acesso à linha de financiamento para a realização das obras de reforma e construção de estádio. Como o banco ainda não informou qual a documentação exigida para habilitação, garantias necessárias, taxas, prazo e carência, o projeto de reforma do estádio do Morumbi está parado no banco, para análise.


Para atender as exigências da Fifa, o São Paulo já contratou a empresa alemã GMP, que está trabalhando nos projetos de estádios da Copa da África do Sul, para readequar o projeto original, que foi condenado.


Por causa dessa falta de definição por parte do BNDES, a Fifa teve que prorrogar para o dia 30 de setembro o prazo para a apresentação dos projetos executivos das obras de construção ou reforma dos estádios, fixado inicialmente para 31 de agosto.


”Essa decisão foi motivada pela dificuldade das cidades-sede, cujos estádios são públicos, para ter acesso a recursos para a realização das obras, o que só não acontece em Porto Alegre, Curitiba e São Paulo, cujos estádios pertencem aos clubes, respectivamente Internacional, Atlético Paranaense e São Paulo?, justificou.


Questionado pelo deputado Sílvio Torres, presidente da Comissão de Fiscalização e Controle, sobre onde serão realizados os jogos de abertura e encerramento da Copa de 2014, Caio Luiz de Carvalho garantiu que os locais dessas partidas só serão divulgados pela Fifa em 2011.


”Antes disso nada acontecerá.”, assegurou ele. Observou, ainda, que defende o direito de a cidade do Rio de Janeiro acolher o centro de mídia da Copa e de o jogo final da competição acontecer no Maracanã, mas que, em contrapartida, São Paulo quer ser a sede do jogo de abertura da competição e do congresso mundial da Fifa.


Para  o deputado Paulo Rattes, relator da Subcomissão da Copa de 2014, a exposição sobre as iniciativas de São Paulo para a Copa de 2014 demonstrou, pela primeira vez, desde que as audiências pública realizadas pela Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara tiveram início em 30 de junho, a existência de um planejamento efetivo para a realização do Mundial do Brasil.


”Inúmeras instituições da sociedade civil ligadas ao setor de infraestrutura compareceram à Câmara para falar sobre a Copa de 2014.O que sempre ficou, após essas audiências, foi preocupação. São Paulo, no entanto, é um testemunho de que, com planejamento, com projetos, tudo pode ser encaminhado com sucesso, porque a Copa do Mundo tem dia e hora para começar. O que acontecerá, mais precisamente em 2013, com a realização da Copa das Confederações”.


Independentemente da programação do governo e da prefeitura de São Paulo, Caio Luiz de Carvalho demonstrou preocupação com o fato de o 2010 ser ano eleitoral,  de em 2012 ocorrerem as eleições municipais e de, no ano da Copa do Brasil, realizar-se a sucessão presidencial.


”Apesar de São Paulo ter se preparado para não depender  financeiramente do governo federal, a esmagadora maioria das cidades-sedes dependem da máquina pública para a realização das obras. O que é um grande risco, porque em virtude das eleições poderá ocorrer inércia administrativa, o que comprometerá o cronograma de obras e aumentará o risco de o Brasil ter de correr contra o tempo para realizar todas as obras necessárias para a realização do Mundial de 2014”.
 
(Fonte:AFI)

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