Professora da UFT cria projeto que incentiva a prática do futebol feminino na cidade de Arraias

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O projeto é desenvolvido três vezes na semana, sendo às segundas e quartas-feiras, das 17h às 19h, e nos sábados, das 8h às 10h - Divulgação
O projeto é desenvolvido três vezes na semana, sendo às segundas e quartas-feiras, das 17h às 19h, e nos sábados, das 8h às 10h - Divulgação
O projeto é desenvolvido três vezes na semana, sendo às segundas e quartas-feiras, das 17h às 19h, e nos sábados, das 8h às 10h – Divulgação

A falta de ações que promovessem o futebol feminino no município de Arraias motivou a professora Valdirene de Jesus, do Câmpus de Arraias da Universidade Federal do Tocantins (UFT), a criar, em agosto de 2012, o projeto de extensão: “Futebol não tem gênero, tem craques”.

Com o objetivo de difundir a formação para o esporte e lazer e a promoção sociocultural, esportiva e educacional de crianças, jovens e adolescentes em situação de vulnerabilidade social no município, o projeto contou, desde o princípio, com o apoio e a participação da comunidade arraiana, que foram fundamentais para o sucesso do programa.

O projeto é desenvolvido três vezes na semana, sendo às segundas e quartas-feiras, das 17h às 19h, e nos sábados, das 8h às 10h, sendo o horário dividido em duas partes, a primeira para atletas iniciantes e a segunda para atletas de equipe livre. Hoje, a ação atende 40 meninas, sendo 30 com idade menor que 15 anos; e 10 acima de 15 anos.

Para Valdirene, mesmo com a boa receptividade, o projeto encontrou e ainda encontra muitas barreiras na sua execução. “As maiores dificuldades no desenvolvimento do projeto se dão em relação ao acompanhamento contínuo das jovens, no atendimento individualizado, na orientação sobre sexualidade, na fragilidade socioeconômica e em relação à baixa estima das jovens”, afirma.

Acadêmicas da UFT e jovens da comunidade em Arraias participam do Projeto (Foto: Divulgação)

Contudo, as dificuldades encontradas foram também o que tornaram o projeto tão importante para a comunidade de Arraias. “Observa-se que o projeto possibilita às meninas o carinho e orientação, pois existem diversos casos em que elas não têm pessoas para conversar, ou mesmo acompanhar seu dia a dia, nós, ao observarmos qualquer mudança no comportamento das meninas, ouvimos, orientamos e conversamos o que ajuda a buscar alternativas aos problemas que elas enfrentam”, pontua a Professora.

Além do mais, de acordo com Valdirene, o projeto auxilia na integração das atletas. “O projeto tem possibilitado o sentimento de equipe, de pertencimento ao grupo, de desenvolvimento esportivo, mudança de comportamento e autoestima das jovens, pois com a realização de campeonatos regionais elas estão superando suas fragilidades e conquistando espaços antes não imaginados”, pontua Valdirene.

Maiza Dias, estudante do 3º período do curso de Turismo Patrimonial e Socioambiental da Universidade Federal do Tocantins (UFT), é uma das acadêmicas que participam do projeto e conta que ele foi essencial no seu desenvolvimento social. “O futebol sempre foi meu incentivo desde pequena, e o “Futebol não tem gênero, tem craques” me afastou de coisas muito negativas, como as drogas e o álcool, já que ficamos focadas e nos afastamos dessas coisas ruins”, destaca a estudante.

“O projeto é importante não apenas para a comunidade, mas também para quem participa na sua organização e nos proporciona realização pessoal e profissional, além de ser uma forma de dar retorno à comunidade arraiana”, finaliza a Professora.

O programa é cadastrado na Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex) e, atualmente, é coordenado pela própria Valdirene e pelo professor Tony de Jesus.

2ª Copa Arraias de Futsal Feminino
O Projeto “Futebol não tem gênero, tem craques”, em parceria com a Liga GFS – Grupo de Futebol de Salão, organizou, no último final de semana, a 2ª Copa Arraias de Futsal Feminino. Visando a integração e a socialização cultural, social e desportiva dos atletas, a Copa contou com a participação de seis equipes (Universal, Alto Esporte Girls, Estudient’s, Estudient’s B de Câmpos Belos/GO, Águia Real de Conceição e Projeto UFT Arraias/TO) de municípios da região.

Maiza Dias, diz que a competição foi bastante relevante tanto no sentido esportivo como social. “Competições desse tipo já ocorreram outras vezes, só que em outros lugares, e foi muito significativo porque permitiu a interação entre nós do Projeto e com atletas de outros lugares”, diz.

Os jogos classificatórios ocorreram no sábado e as semifinais e a final ocorreram no domingo, tendo como campeã a equipe Alto Esporte Girls. (Fonte: Paulo Teodoro e Caroline Falcão/UFT)

 

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